Falência da meritocracia: bônus para professores foi cancelado em Nova Iorque |
Uma das fontes inspiração para diversos governos estaduais e municipais, entre os quais os do estado e do município do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral e Eduardo Paes, respectivamente, o modelo meritocrático americano a cada dia afundamais. Matéria publicada pela Folha de São Paulo desta quarta (dia 20 de julho) registrou o anúncio do cancelamento dobônus por desempenho concedido para os professores das escolas em Nova Iorque. Segundo a reportagem, assinada porFábio Takahashi, os americanos desistiram da concessão do bonus por mérito depois de um estudo mostrar que asescolas participantes do programa não tiveram desempenho melhor do que as que ficaram de fora dele. Os dadosutilizados para o estudo foram coletados a partir do início do projeto (em 2007/2008) .O modelo que está sendocolocado em questão é o que serve de matriz para a rede estadual do Rio: metas estabelecidas por escola, com pesopara o desempenho dos alunos nas avaliações, com premiação para os profissionais das unidades que alcançam as metasestabelecidas. No ano passado, uma das mentoras da meritocracia e ex-secretária adjunta de educação dos EUA, Diane Ravitch, jáhavia publicado um livro, em que reconhecia a falência do sistema que ela ajudou a desenvolver. O Sepe deu ampladivulgação para as declarações de Ravitch, a partir de uma entrevista concedida por ela para o Jornal Estado de São Paulo. A Regional 3 do sindicato chegou a fazer uma entrevista com a professora através da internet, na qual elaconfirma que reviu sua posição a respeito da meritocracia, depois da constatação que o sistema de avaliações nãorepresentou qualquer avanço no desenvolvimento pedagógico dos alunos, muito pelo contrário. Ouvido pela Folha de São Paulo, o secretário estadual de Educação, Wilson Risolia, disse que, antes de implementar apolítica, a pasta revisou estudos para verificar erros e acertos. "Esse de Nova York diz que muitos professores nãoentenderam como o bônus é distribuído. Nós fizemos decreto, resolução e cartilha explicando. " O problema é que Risolianão explica o que os profissionais nas escolas já sabem há muito tempo: o sistema meritocrático e produtivista que, aolongo das últimas duas décadas, vem sendo implantado nas escolas públicas do Rio de Janeiro não resolve o problema darede estadual: baixos salários e falta de disposição dos sucessivos governos do estado de investir realmente na educação pública de qualidade. O extinto Programa Nova Escola nada mais foi do que um exemplo de como tal sistema éprejudicial para educadores e alunos. |
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