1) Destacar duas citações elucidativas e sintéticas do texto em relação
à concepção materialista da história.
1ª citação:
“[...] e seus
limites são produtos se sua consciência, os jovens hegelianos, [...] propõem
aos homens este postulado moral: trocar sua consciência atual pela consciência
humana, crítica ou egoísta, removendo com isso seus limites.” Ideologia alemã,
p.26, por Karl Marx e Friedrich Engels, Tradução de José Carlos Bruni e Marco
Aurélio Nobrega, Editora Hucitec, São Paulo,1987.
Marx e
Engels, propõem a mudança do postulado moral utilizado, que admite
considerações contemplativas e irreais, para uma consciência empírica,
materialista. “[...] que não há força ou
poder espiritual. A conciência do homem é apenas um produto de seu
cérebro[...]” O livro das religiões, Jostein Gaarder, Victor Hellern, Henry
Notaker, Tradução: Isa Mara Lando, São Paulo: Cia da Letras, 2000.
2ª citação:
“a “história
da humanidade” deve sempre ser estudada e elaborada em conexão com a história
da indústria e das trocas.” Ideologia alemã, p.42 por Karl Marx e Friedrich
Engels, Tradução de José Carlos Bruni e Marco Aurélio Nobrega, Editora Hucitec,
São Paulo, 1987.
Segundo
Marx e Engels, a relação de cooperação entre os homens, visa a produção.
Portanto, o desenvolvimento dessa produção, a própria produção industrial,
ressalta a fase social em que esses indivíduos vivem.
2) Defina o
conceito de ideologia segundo o texto.
“[...]o mundo
real é o produto do mundo ideal[...]” Ideologia Alemã, p.18, por Karl Marx e Friedrich Engels,
Tradução de José Carlos Bruni e Marco Aurélio Nobrega, Editora Hucitec, São
Paulo, 1987.
Critica
Feuerbach em suas proposições que por vezes abordam não apenas o real, mas
também todo o possível, separando assim, segundo Marx e Engels, a história do
materialismo.
Enquanto
os idealistas (neo-hegelianos) atestam que a consciência produz o materialismo,
os autores de ideologia alemã, caminham em sentido contrário, elucidando que é o
materialismo que produz as condições de surgimento da consciência. O atual
estado de mazela da sociedade em geral, por exemplo, faz com que a classe
dominante, detentores dos criadores de idéias, dos pensadores, criem falsas
ideologias, tentando camuflar os problemas residentes na sociedade. Inseri-se
nesse conceito, tanto quanto a produção de consciência, a religião e as
ideologias admitida e até sustentada pelos neo-hegelianos. A sociedade,
tornou-se condicionada devido a uma falsa consciência criada pela classe
dominante. A burguesia expõe como interesse de toda sociedade os seus próprios interesses,
tornando ideologicamente sedutoras as preposições que a sustentam. “[...] essa adaptação se realiza mediante a
pontos da indústria cultural, como o cinema, as revistas, os jornais
ilustrados, rádio, televisão, literatura dos best-seller dos mais variados
tipos, dentro do qual desempenham um papel as biografias romanceadas [...]”
Ideologia, Adorno.
“[...] não é a
crítica, mas a revolução a força motriz da história [...]”Ideologia alemã, p58,
por Karl Marx e Friedrich Engels, Tradução de José Carlos Bruni e Marco Aurélio
Nobrega, Editora Hucitec, São Paulo, 1987.
3)
Caracterizar o tipo de abordagem de história no texto.
Sobre
o tipo de abordagem dos autores, caracteriza-se pela crítica que faz ao mundo
do pensamento, que levaria os filósofos a quem critica ao mundo do irreal. A
abordagem visa o empirismo, a utilização de pressupostos comprováveis pela
ciência real, positiva, prática. Visa estabelecer uma conexão entre a estrutura
social e política com a produção, sem qualquer especulação ou mistificação.
Neste ponto, para Marx e Engels, o elemento estrutural é o modo de produção e a
dinâmica, é a luta de classes. Assim, eximi-se de qualquer interpretação
religiosa, que tiraria o leitor do real, levando para um mundo de idéias,
conceitos com princípios, determinantes, que os autores em questão tanto
abominam. “[...] A religião é tratada
permanentemente como inimiga mortal, como a causa última de todas as relações
repugnantes a estes filósofos.” Idem, p.24.
“[...] a “história da humanidade” deve
sempre ser estudada e elaborada em conexão com a história da indústria e das
trocas.” Idem, p.42.
[...] Em 1850, no prefácio à sua contribuição à crítica da
economia política, Marx afirmou que de maneira geral, os modos de produção
asiático, antigo, feudal e burguês moderno podem ser encarados como épocas que
marcam sucessivos progressos no desenvolvimento econômico da sociedade [...].
Cardoso, C.F.S., Sociedade do Antigo Oriente-Próximo, Editora Ática, São Paulo
1980.
Disserta ainda, que a historiografia
deve partir de fundamentos naturais (materiais) e de sua modificação no curso
da história pela ação dos homens. Nesse ponto podemos citar as relações do
homem com outros homens findando a produção. A cooperação, a produção
industrial, e o seu aperfeiçoamento, em razão do crescimento da produtividade,
do aumento das necessidades e do aumento da população, fomentando o aumento da
divisão do trabalho, compreenderia em uma escala evolutiva, a localização desse
homem no tempo.
Bibliografia:
* Ideologia
alemã, p.42, por Karl Marx e Friedrich Engels, Tradução de José Carlos Bruni e
Marco Aurélio Nobrega, Editora Hucitec, São Paulo, 1987.
* Dicionário
do pensamento marxista, editado por Tom Bottomore, Rio de Janeiro, Jorge Zahar
Editor Ltda.
1988.
* Cardoso, C.F.S., Sociedade
do Antigo Oriente-Próximo, Editora Ática, São Paulo 1980.
* O
anticristo, Friedrich Nietzche, editora Martin Claret, tradução Pietro
Nassetti, São Paulo, 2001.
Nenhum comentário:
Postar um comentário