23/05/2005
Relatório sobre o Colégio Pedro II
Durante o
Império, o ensino secundário esteve quase sempre nas mãos de particulares. Como
não havia grande procura, o número de escolas era suficiente para atender a
demanda que havia na época.
Em 1837 o Ministro
do Império Bernardo Pereira de Vasconcelos apresentou ao Regente Pedro de Araújo Lima
uma proposta para a organização do primeiro colégio secundário oficial do Brasil.
Pereira de Vasconcelos acreditava que a instrução pública seria melhor do que a
particular, que se mostrava inadequada, por ser oferecida em salas precárias e
por professores mal preparados.
O Colégio de Pedro II, cuja
primeira sede se situa na atual Avenida Marechal Floriano, no centro do Rio de
Janeiro, originou-se do Seminário dos Órfãos de São Pedro, criado em 1739, por
Frei de Guadalupe, "para criação de meninos nas costas da igreja de São
Pedro". Recebeu diversos nomes: Seminário de São Joaquim, e Imperial de
São Joaquim até receber a denominação de Colégio de Pedro II.
O Colégio
Pedro II foi fundado em 02/12/1837. Foi a primeira escola secundária laica do
Brasil.
Grandes nomes
do exterior foram importados para lecionar no colégio. Tendo sido este
altamente elitizante, direcionado para filhos de cafeicultores, latifundiários
e escravocratas.
Os alunos que
vinham estudar na escola eram de todas as províncias do Brasil.
Foram alunos do colégio
grandes nomes da vida política e literária do Brasil, entre eles Gonçalves
Dias, Capistrano de Abreu, Coelho Neto, Euclides da Cunha e os futuros
Presidentes da República, Rodrigues Alves, Hermes da Fonseca e Washington Luís.
O colégio, no
início era internato e externato.
Durante o
século XIX vai existir uma grande preocupação com a didática e os métodos de
ensino
Externamente o
colégio apresenta uma arquitetura clerical clássica, compreende um quarteirão
inteiro e o pátio é para dentro.
Internamente o
mobiliário é individual, o que mostra uma individualização do estudo.
No Brasil
Império a escola representa um modelo para todas as outras escolas.
A Proclamação
da República cria uma crise na identidade do colégio que passa a se chamar
Ginásio Nacional. E acaba por perder o título de exemplo para outras escolas.
Os primeiros
livros didáticos que incluíam todas as matérias foram criados pelos professores
do Pedro II.
Em 1930 Vargas
assume o patronato do colégio. Nesse ponto as meninas passam a ser permitidas.
Em 1937, cem
anos depois da fundação do colégio, o colégio volta a se chamar Pedro II.
Em
1984 foi inaugurado o Centro de Estudos de Informática - primeiro curso
profissionalizante de processamento de dados, destinado a alunos com primeiro
grau completo. O laboratório destinava-se fundamentalmente a profissionalizar
alunos. No mesmo ano é criado o Pedrinho que abrange do C.A. à 4ª
série.
A
proposta pedagógica da escola mescla tradição com modernidade.
No Ensino
Fundamental, a meta é fazer com que os conceitos andem em conjunto com a
experiência pessoal dos alunos, que são estimulados ao desenvolvimento do
pensamento crítico e à socialização.
No
Ensino Médio o processo de desenvolvimento do aluno é aprofundado, envolvendo,
além do aspecto cognitivo, a sua capacidade de reflexão e a responsabilidade
que este tem com a sociedade, englobando, também, os componentes éticos,
afetivos e físicos.
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