Vemos a revolução russa como um processo iniciado em
1905, retomado em fevereiro de 1917, intensificado nos meses seguintes,
culminando em outubro. Em 1918, a Rússia mergulhou na guerra civil, com todo
seu cortejo de misérias e provações. Em março de 1921, os marinheiros de
Kronstadt fizeram a última revolução e os bolcheviques afirmaram-se como
partido único no poder. Em 1921, a Rússia não era a mesma de 1905. Disserte
sobre as transformações que o país viveu, deixando de ser a Santa Rússia
Imperial Tzarista, para se tornar a URSS (1921-1922).
“Uma fé, uma nação, um tzar[1]”
Em
1912 e 1913, a Rússia comemorava o centenário da vitória sobre a invasão das
forças napoleônicas e mais um centenário da dinastia Romanov.
O
que resistia a modernidade capitalista na Rússia, mesmo com uma grau crescente
de insatisfação daqueles que eram donos de terra ou simplesmente camponeses
(mujiques), era o seu poderio agrícola, contudo, com a população crescente, o
Estado monárquico tinha cada vez mais dificuldade de alimentar e controlar a
população russa. Uma nação poderosa, mas contudo atrasada tecnologicamente –“Um gigante de pés de barro[2]”.
O representante de Deus na terra, o paizinho,
através de um complexo aparelho burocrático, controlava a população e qualquer
movimento reivindicatório –através da polícia política– que ousasse se formar
no país. O antigo regime resistia na Rússia, sob o codinome de ‘paizinho’, aquele que cuida da
população, no entanto, as fomes periódicas, a miséria, a baixa produtividade e
uma grande exploração das classes pobres, incitavam o povo a buscar melhores
condições de vida. Mesmo as tentativas de modernização feitas pelo império, a
partir da década de 1860, não surtiram o efeito desejado. A construção de
estradas de ferro, a exploração de carvão e de petróleo, como alguns dos pontos
principais de crescimento da economia, não ajudaram a desfazer a profunda
desigualdade de um país que sustentava mais de 80% de sua população no campo. Muitos
mujiques retirados do campo para trabalhar nas indústrias mostravam-se
impacientes, e, revoltas rurais cresciam cada vez mais na Rússia Tzarista.
Neste contexto surge a ‘intelligentsia’
revolucionária russa. Essa inteligência constituía-se nos Narodiniks, que
colocavam os camponeses na vanguarda do processo revolucionários e que agiam de
forma radical, e no Partido Social Democrata russo, composto por mencheviques
(minoria) e bolcheviques (maioria), que rivalizavam quanto ao rumos do país em
uma possível revolução.
Em
1905, sem dúvida já se pode visualizar um futuro revolucionário. A política
expansionista monárquica, movia-se por todos os lados e a conquista de novos
territórios parecia um a necessidade imperial. No leste, um ponto de concessão
conseguido no nordeste da China, Port Arthur, é atacado por forças japonesas. O
Japão, com tecnologia mais avançada e de política imperialista, impingi
sucessivas derrotas as forças russas. Port Arthur cai em mãos dos japoneses e o
russos seguem sendo derrotados em ofensivas terrestres. O Tzar não consegue
convencer a população de que é uma luta pela pátria, afinal, em um país
multiétnico como a Rússia, dificilmente conseguiria reunir tropas não russas
para lutar pelo tzar, e, mesmo o povo russo, estava insatisfeito demais para
intender porque seriam enviados a um território tão longínquo para lutar em uma
guerra que não ameaçava o solo sagrado de sua pátria.
Protestos
e manifestações pacificas, reunindo cerca cada vez mais pessoas, são feitas
principalmente em São Petersburgo, capital cultural e política do Império. Uma
delas, 9 de janeiro, dirige-se para o Palácio Real de Inverno, pacífica, levava
crianças e mulheres como se fossem para uma festa, levavam suas contendas para
o ‘paizinho’. O tzar, sequer estava
no palácio, e para aqueles que esperavam ser acolhidos para uma conversa,
encontraram os cossacos e a polícia, que os receberam com tiros de metralhadora.
Aquele dia de matança, ficou conhecido como Domingo
Sangrento, provocando no povo, surpresa, indignação e revolta. A imagem de ‘paizinho’ estava agora abalada, e não
tardaram a estourar protestos e greves que destruiriam a monarquia.
A primeira, em janeiro e fevereiro,
as greves operárias, em protesto contra o Domingo Sangrento, centrava-se em
reivindicações sindicais e políticas, cobrando pontos iguais aos que já haviam
conquistados sindicatos europeus, como organização sindical, direito de greve,
jornada de trabalho de 8 horas, férias, previdência social etc. Os sovietes são
frutos dessas organizações, que se utilizam da greve como arma política, são
conselhos populares que envolviam soldados e operários, organizados sobre os
sentimentos das grandes massas populares. A Segunda greve, em maio, mobilizava
camadas médias urbanas, envolvendo as nações não russas, em defesa por
autonomia política. Também envolviam-se soldados e marinheiros, como os de
Kronstadt ou os do Mar Negro, como foi retratado no filme de Eisenstein, O encouraçado potemkin. A terceira
greve, em setembro e outubro, a dos camponeses, formou associações, e
promovendo invasões de terras, exigiram do monarca a eleição de uma Assembléia
Constituinte, com sufrágio universal. E enquanto o exército russo seguia
perdendo batalhas para os japoneses, o tzar sente-se acuado e negocia.
Em 17 de outubro de 1905, o monarquia
recua e publica um manifesto que abre concessões como a criação da DUMA, uma
parlamento que seria formado em eleições gerais. Esse parlamento foi dissolvido
em seus primeiros trabalhos, por ser considerada radical demais –sendo a
terceira DUMA criada, chamada “DUMA dos senhores”, um parlamento conservador, a
que ‘deu certo’ (é em meio a 4ª DUMA que a revolução bolchevique acontece)–. A
partir daí, os com movimentos sociais, mesmo os vistos no campo, que
despertaram reflexões de Lenim sobre a consideração do potencial revolucionário
rural, começaram a refluir. Tanto Lenim (que priorizava uma aliança
operário-caponesa) quanto Trotski (que priorizava o proletariado urbano)
lutavam por uma República Democrática sem etapas de transição, cada um ao seu
modo, tendo sempre os trabalhadores como comandantes de todo processo. O
período de criação DUMA, foi marcado por políticas modernizantes stolypinianas
(1906-1911), mas também, por uma progressiva
conversão da DUMA em um arremedo caricatural de Parlamento e por uma feroz e
eficiente repressão aos questionamentos da ordem[3].
Os partidos socialistas foram empurrados para a clandestinidade e o partido
social democrata se tornava aos poucos, cada vez mais fraco.
Apenas em
1910-1912, ressurgem os movimentos reivindicatórios, sendo intensificados com o
início da Grande Guerra.
A
primeira guerra mundial afunda a Rússia imperial num processo inflacionário,
submetendo o nacionalismo do povo russo à prova, elevando-se a fome e miséria.
O governo não consegue estancar a mortandade de suas forças militares, que só
resistiam contra a Alemanha pelo grande contingente, e não consegue reverter o
quadro de carestia e desesperança da população. A sociedade começa a formular
críticas e responsabilizar o governo, levando suas contendas a DUMA. Várias
Assembléias representativas de estados russos, mesmo sendo proibidas, se
federaram, assumindo responsabilidades que competiam ao governo. Em 1916, as
tensões se radicalizaram e o movimento grevista reaparece. Seguem a partir daí
as chamadas jornadas de fevereiro, dias 23-27, em que movimentos sociais
uniram-se tendo um inimigo comum, o Tzar.
Uma dinastia de três séculos é
derrubada e exilada.
Os
mencheviques chegam ao poder.
Os
revolucionários constituíram um governo provisório pelos partidos existentes na
DUMA Imperial, porém liderados pelos mencheviques. Ressurgem também os
sovietes, a exemplo de 1905 e também a reivindicação pela já conhecida
legislação social.
A
liberdade de expressão e palavra estava de volta as ruas, mas apesar disso,
poucos trabalhadores falam em socialismo. Eles querem na prática, liberdade de
organização e manifestação, além de pontos já reclamados desde 1905. São
criados comitês agrários e de soldados, as nações não russas insurgem-se
reclamando o reconhecimento de sua personalidade. O povo queria o fim da
guerra, o fim da miséria e da fome. Mas os mencheviques, liderando o processo
revolucionário não conseguem implementar as mudanças necessárias para aplacar
as contendas nacionais. Enquanto as massas pediam de um lado, o governo
preocupava-se apenas com seu planejamento de outro.
“Instaurou-se
um diálogo de surdos[4]”
E em abril explode a primeira crise
do governo provisório. O ministro das relações exteriores declama em público
que o Império não saiu da guerra, porém, tentando se tornar sensível as
reivindicações dos soldados, o governo o demite. Apesar de Lênim avisar aos
sovietes para não confiar no governo provisório, seis representantes do soviete
de Petrogrado são aceitos no governo, formando uma coalizão para tentar vencer
a crise. Contudo não foi suficiente e em maio uma nova crise reúne o primeiro
congresso panrusso, sob propostas igualitaristas e de distribuição de terras. A
impaciência vai tomando conta do povo e as propostas radicais dos bolcheviques
ganham maior respaldo popular. Eles brigam pelo fim do governo provisório e
maior representatividade dos camponeses e operários, são as chamadas teses de
abril. Em julho, os ânimos se exaltaram, os bolcheviques são acusados de tentar
derrubar o governo, muitos deles são presos, e seu movimento se enfraquece. Os
marinheiros de Kronstadt novamente se mobilizaram e seguiram com armas na mão
até Petrogrado para exigir queda do governo provisório. Não obstante, através
de articulações políticas, foi acertada uma nova coalizão, que esfria os ânimos
e acerta uma sobrevida ao governo provisório. Em agosto, uma nova crise
transpareceria a iminente queda deste governo, uma tentativa de golpe da
direita, feita pelo general Kornilov, mobilizou todas as energias dos
mencheviques, que para debela-la, contaram com a ajuda dos sovietes. O
fortalecimento dos sovietes, trouxe consigo o reavivamento dos bolcheviques,
que tiveram as teses de abril conclamadas: “Todo
poder aos sovietes”. Além disso, expôs as fragilidades e ambiguidades do
atual governo. Cansados de esperar por leis e transformações, os camponeses
agrupados em comitês agrários, voltam a se reunir e a fazer novamente invasões
de terras, visando expropriações e divisões de terras. Os militares, nas
frentes de batalha, desertavam em massa, as greves operárias se multiplicaram
nas cidades e para o completo caos, as nações não russas, reunindo 13
representantes de suas nações, proclamam o direito a autodeterminação e à
independência política, faltando apenas resolver o momento e a modalidade de
separação.
“Uma revolução anônima[5]”
Lenim, principal líder bolchevique
acusava o governo provisório de ter condições de implementar políticas sociais
para acabar com a miséria e a fome, e que no entanto não o fazia por não
interessar aos seus dirigentes. Conclamava ainda aos seus correligionários a
uma saída revolucionária para a crise que abatia o país.
No dia 10 de outubro, o Comitê
Central decidiu pela insurreição. Trotski, no partido desde julho, principal
dirigente do soviete de Petrogrado, manobrou as tropas militares e organizações
sob seu comando com destreza e, em 24 de outubro de 1917, o partido
bolchevique, tomou o Palácio de Inverno e fez uma nova revolução, desta vez
determinada em atender as querelas populares.
Os bolcheviques, agora no poder,
constituíram um governo revolucionário, responsável perante a organização
soviética, um Conselho de Comissários do Povo. Então, e submetida à aprovação
uma série de medidas e decretos revolucionários. São expropriados os capitais
estrangeiros, aboliram-se as dívidas do Estado tzarista e retira-se também
todas as propriedades da Igreja. O Decreto sobre a Terra legalizou as invasões
e as intenções de expropriação de terras em favor dos camponeses, finalmente a
terra Pertencia agora a todos os que nela
trabalhavam, e somente a eles[6].
O decreto sobre a Paz, abriu a negociação com os países com quem estava e
guerra, negociando uma paz justa, sem indenizações ou anexações. O Decreto
sobre o Controle Operário incorporava as reivindicações dos comitês operários,
sovietes e sindicatos tomavam agora conta das fábricas. E além disso, a
Declaração dos Povos da Rússia proclamou a igualdade e o direito de cada uma
delas constituir um Estado nacional próprio.
Os bolcheviques atendiam finalmente
as aspirações de todos os setores da sociedade, ganhando respaldo político da
população e a simpatia dos povos não-russos.
Contudo, a revolução comunista ainda
enfrentaria uma tentativa de revolução e uma guerra civil, demorando pelo menos
mais alguns anos até se consolidar.
As
nações capitalistas ocidentais não aceitaram a revolução comunista, e vendo
seus capitais investidos na Rússia tzarista perderem-se nas expropriações
feitas pelo Conselho Comissionário do Povo, encetam uma guerra civil dentro do
território russo. De um lado, o exército de invasão ‘branco’, tendo mercenários do pós-primeira-guerra recrutados em
vários países europeus e os Kulaks,
latifundiários ricos, exacerbados pela ameaça de perderem suas terras, e do
outro, o exército ‘vermelho’,
composto por soldados e camponeses ávidos pela conquista de um título de terra,
comandados por Trotski. Em março de 1918, quando foi assinado o tratado de
Brest-Litovsk, ao contrário do foi acertado com o Conselho, a Rússia foi
forçada em pagar indenizações de guerra e ainda, render territórios russos aos
alemães. Isso gerou fortes críticas mesmo dentro do governo. Os socialistas
revolucionários de esquerda (SRs), em protesto contra o tratado, retiraram-se
do governo, isolando e enfraquecendo o governo bolchevique. Além disso, a
guerra civil assola o país, acentuando o atraso econômico. O índice de produção
industrial cai cerca de 80% e a produção de energia elétrica 75%. Os
socialistas revolucionários de esquerda começaram a incitar o povo pela
deposição do governo bolchevique. Neste contexto surge a teoria do comunismo de guerra, antes de tudo
deveria ser resolvido o problema da guerra civil. Os camponeses são
expropriados de seus excedente agrícolas, mesmo em meio a revoltas, agora,
todos os esforços são voltados para a luta contra os exércitos brancos.
No início de 1921, os vermelhos
finalmente ganham a guerra. Trotski sustentava que era preciso continuar a
guerra, agora contra a fome e contra o atraso industrial e econômico. Contudo
as revoltas camponesas não pararam, pelo contrário, se intensificaram, assim
como as greves nas fábricas, estas com reivindicações sindicais e políticas.
Até em Petrogrado, coração da revolução, as insatisfações tomam conta das ruas.
Nestas condições, em 2 de março de 1921, é que insurgem-se os marinheiros de Kronstadt,
declarando-se solidários aos grevistas e Petrogrado, reclamando abertamente o
direito de manifestação para todas as classes políticas, a libertação de presos
políticos e a formação de uma comissão independente para investigar denuncias
sobre a criação de campos de trabalhos forçados, além de exigirem eleições para
renovar a estrutura soviética, baseadas no voto universal e secreto, e
controladas por instituições pluripartidárias, independentes do Estado. O
governo bolchevique atendeu a algumas reivindicações, e o movimento por pouco
tempo se esvaziou, contudo, posteriormente os marinheiros passaram a exigir o
cumprimento integral de suas reclamações, não atendidas pelo governo. Diante
deste impasse, os bolcheviques emitiram um ultimato de 72 horas, para a
rendição dos revoltosos, os marinheiros declararam uma terceira revolução, e em
7 de março de 1921, o governo bolchevique ordena o bombardeio a base de
Kronstadt. Os bolcheviques identificaram os marinheiros como
contra-revolucionários brancos para mobilizar a sociedade, história falsa,
desmentida pelos registros anarquistas. De fato, foram tratados como se o
fossem, pois ao final da guerra, foram mais de 2.500 presos, deportados ou
fuzilados.
Ao final da guerra os problemas de
fome e miséria, entre outros, ainda persistiam e os líderes bolcheviques sabiam
que algumas reivindicações dos marinheiros tinham de ser atendidas.
As lideranças bolcheviques ainda
esperançadas, aguardavam até cerca de 1921-1923, uma reviravolta alemã, que
mesmo depois da guerra, sustentava um parque industrial muito avançado e
poderia ajudar no desenvolvimento soviético. Contudo, a revolução em outros
países falhou e os bolcheviques resolvem abandonar as suas utopias de Revolução Permanente, comunismo de
guerra e de militarização do trabalho, restabelecendo relações mercantis no
campo e reconhecendo o triunfo da Comuna Rural, sem contudo abrir mão do
controle e do poder político. A recém criada URSS, agora tinha de trilhar seu
próprio caminho. Esse era o cerne da Nova Política Econômica, a NEP; “socialismo em um só país” , “um passo a trás para dar dois a frente”.
Os sovietes não foram fechados como aconteceu com a Assembléia em janeiro de
1928, contudo, deixaram de ser uma conselho pluripartidário do povo, para se
transformar em engrenagens do poder hegemônico bolchevique. O país se isolara
dos outros e para continuar o sonho comunista, via a necessidade de uma
ditadura, sem rivais, comandada pelos bolcheviques. Os países não-russos,
simpáticos aos bolcheviques, constituíam-se em Assembléias, porém, por ordem do
governo revolucionário, a decisão de independência teria que vir dos sovietes,
onde os bolcheviques já dominavam, logo, a independência tão sonhada por essas
nações, não foi alcançada.
Desta
forma, a face de uma democracia socialista, de sufrágio universal,
pluripartidária e como a participação efetiva de operários e camponeses, se
perdera para sempre e ninguém, nem os russos mais otimistas, ousavam vislumbrar
o futuro da URSS.
Bibliografia:
AARÃO REIS, Daniel. Uma
revolução perdida. São Paulo, Fundação Perseu Abramo, 1997.
____________; FERREIRA, Jorge e ZENHA, Celeste. História do Século XX. As revoluções
russas. Rio de Janeiro. Civilização Brasileira. 2000.
HOBSBAWM, ERC. A era dos impérios – 1875-1914. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1988.
[1] AARÃO
REIS, Daniel; FERREIRA, Jorge e ZENHA, Celeste. História do Século XX. As revoluções russas. Rio de Janeiro.
Civilização Brasileira. 2000.
[2] Idem.
[3] AARÃO
REIS, Daniel. Uma revolução perdida.
São Paulo, Fundação Perseu Abramo, 1997.
[4] AARÃO
REIS, Daniel; FERREIRA, Jorge e ZENHA, Celeste. História do Século XX. As revoluções russas. Rio de Janeiro.
Civilização Brasileira. 2000. p.50.
[5]
Deutscher, 1966-1968.
[6] AARÃO
REIS, Daniel. Uma revolução perdida.
São Paulo, Fundação Perseu Abramo, 1997.p. 70.
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