GOODSON, Ivor F. A
construção social do currículo. Lisboa: Educa, 1997.
* Prefácio de António
Nóvoa
Apontamentos:
“Na Verdade, enquanto
construção social, o currículo foi concebido para surgir como um elemento
<<natural>>, de tal modo que não é sujeito ao escrutínio do
pensamento e da crítica. O mesmo se passa com o modelo escolar que consagra o
currículo existente”. (Nóvoa, 1997, p. 15)
1) “Um história do currículo, tem que
ser um história social do currículo, centrada numa epistemologia social do
conhecimento escolar, preocupada com os determinantes sociais e políticos do
conhecimento educionalmente organizado”. (SILVA, Tomaz
Tadeu, 1996 apud NÓVOA, António, 1997, p. 9)
Neste trecho, percebo claramente a o posicionamento do
autor com relação aos seus referenciais teóricos. A perspectiva culturalista, presente na opção dos
autores tratados, é apontada como caminho quando o social prevalece em
contraposição a uma possível análise estrutural, onde aspectos economicistas de
viés marxistas dariam o tom do estudo. Assim, o prefácio de Nóvoa aponta, desde
o início, um texto preocupado com...
2) “Em primeiro lugar, é importante
que a história do currículo nos ajude a ver o conhecimento escolar como um
artefato social e histórico sujeito a mudanças e flutuações, e não como uma
realidade fixa e atemporal” (NÓVOA,
António, 1997, p. 9).
“O
Primeiro Capítulo, A história social das disciplinas escolares...”
Seguindo pelo caminho apontado, Nóvoa descreva que a sua
análise não será teórica, universal ou atemporal, mas pautada na práxis das discussões e disputas de
poder, presentes nos interesses dos grupos sociais que pretendem impor a Ordem
social de seu modus vivendi ao restante da sociedade.
Ainda
segundo a preleção de Nóvoa, Goodson desenvolve durante todo o texto as
questões de disputas de poder.
“O
Segundo capítulo, Disciplinas escolares: padrões de mudança...”
“A
Argumentação de Ivor Goodson baseia-se na ideia de que o sistema foi concebido
para assegurar a estabilidade e para dissimular as relações de poder que
sustentam o conjunto das ações curriculares”. (Idem, p.12)
DESCREVER O CASO DA
EDUCAÇÃO INDUSTRIAL E DOS PUB’S INGLESES
3) “A este propósito, sugere que as
disciplinas escolares possuem <<um valor de moeda no mercado da
identidade social>>, o que lhes assegura um sistema que contém elementos
importantes de estabilização e de conservação, mas também fatores que agem no
sentido de evoluções e adaptações constantes. O jogo entre as forças
pró-estabilidade e pró-mudança consagra padrões e modelos que autorizam novas
compreensões da ausência/presença de certas disciplinas escolares no currículo
dos ensaios básico e secundário”. (Idem, pp. 11-12).
Pensei na imposição de
disciplinas ou conteúdos como a imposição de se tratar a história da África
dentro do currículo de história e Laboratório Pedagógico Cultural (no currículo
Normal). Nas transformações atuais baseadas na Conferência Mundial sobre
Educação para Todos, como a introdução de termos normalmente ligados a área de
economia ou administração, como competências e habilidades.
4) “O Conceito de currículo é muito
recente na cultura educacional portuguesa. Apesar de ter sido utilizado antes
dos anos oitenta, é por esta altura que se vulgariza, nomeadamente na sequência
da chamada <<reforma curricular>>.
(Idem, p. 13).
Como o pensamento
anglo-saxão influenciou o pensamento português na introdução desse termo em seu
vocabulário? Pensou que esse processo advém da tardia industrialização de
Portugal e do Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário