II – A Filosofia e a Atitude Crítica
“Não é a barba que faz o filósofo”. Thomas Fuller
Está na moda avaliar uma pessoa e afirmar que ela tem ou não atitude.
Fazemos isso diariamente, educados pela televisão ou por nossos professores,
que batalham para que tenhamos uma postura crítica. À rigor é a rebeldia, não a
passividade, que é capaz de levar o homem a lugares nunca vistos. Tal atitude
está presente na vida dos pensadores, cientistas, intelectuais e filósofos,
tendo eles diploma ou não. O que estamos a dizer é que essa atitude é
característica humana, sendo necessário apenas ter vontade para isso. Numa
fórmula geral, podemos dizer que a Atitude Crítica, a atitude de dividir para
analisar aquilo que nos propomos a estudar, parte intrínseca do que chamamos de
Atitude Filosófica, se distingue em dois movimentos: o negativo e o positivo.
Movimento Negativo: acontece ao
negar os conhecimentos que temos como cristalizados em nosso pensamento, ou
seja, dizer não aos nossos pré-juízos e preconceitos.
Movimento Positivo: acontece
quando, depois de negar os conhecimentos estabelecidos, adotamos a prática de
questionar tudo que lemos, vemos, ouvimos ou mesmo, presenciamos.
O pensamento crítico é, por excelência, rebelde, transformador,
contestador, revolucionário, e também, desconfiado e constituinte, isto é,
sempre se por terminar... Estar consciente de que estamos abrindo mão de um
saber para nos atiramos no arriscado mundo de novos conhecimentos é o princípio
da Atitude Filosófica, o princípio da filosofia.
Fábio Souza Lima
Nenhum comentário:
Postar um comentário