Os filósofos e as máquinas, de Paulo Rossi.
Um dos
principais filósofos que trouxeram à luz novas concepções sobre a ciência,
Francis Bacon, sustentava que a ciência é uma grande construção, nunca
concluída e que cada um pode contribuir nos limites de suas forças e
capacidades.
De fato, o
renascimento e cisão no meio religioso, contribuíram para o surgimento de novos
horizontes, de novas ideologias e de novos experimentos. “sem as novas
invenções, a vida voltaria ao estado dos homens antigos que viviam sem leis e
civilidade”, sustentava o filósofo alemão Apinus. Giordano Bruno colocava em
ênfase o progressivo acréscimo de observâncias no meio da ciência. Esse caráter de cunho progressista e
experimentador adorna finalmente a realidade modernista e contemporânea nestes
tempos.
O declarado
inalcansável pelos aristotélicos, rapidamente foi atribuído à falta de
instrumentos de controle e domínio da natureza. Também rapidamente o
inalcansável foi deteriorado por novas invenções, e a divisão do trabalho
manual (idealizando-se arte mecânica) e intelectual, sentenciaram um novo tipo
de visão científica.
Autores como
Alessandro Tassoni e Charles Perraut admitem até um retrocesso na ciência
através da inabilidade e lentidão de alguns que se tornam senhores de seus
estudos. Coexiste a esse processo revolucionário, a discussão de qual época
seria responsável pelas maiores invenções; se a antiga ou a moderna. É verdade
, nenhum império ou seita seria bem sucedido se não fossem as invenções
mecânicas da bússola, da imprensa ou da pólvora, mas também, milhares de
perguntas, que compreendiam o inalcansável, ganharam suas respostas graças a
ciência como ela é hoje; No fim, distingui-se a superioridade dos astrônomos,
aritméticos e técnicas que testemunharam o caráter progressivo do conhecimento
e atestam a superioridade da modernidade.
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